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Saiba como identificar e tratar a dor neuropática central

31 de outubro de 2018
Dor Neuropática

Alguns problemas de saúde podem trazer sérios riscos, tanto pela dificuldade de diagnóstico como pelos sintomas incômodos que interferem na qualidade de vida do paciente. É o caso da dor neuropática, uma condição neurológica causada por danos ao sistema nervoso central.

Resultado de lesões que ocorrem nos nervos, na medula espinhal ou até mesmo no cérebro, a dor neuropática é uma das síndromes dolorosas mais complexas e exige tratamento especializado e multidisciplinar.

A seguir, saiba mais sobre o tratamento da dor neuropática, suas causas, e como é feito o diagnóstico.

O que é dor Neuropática?

Intensa e debilitante, a dor neuropática é um dos principais tipos de dor crônica, podendo ser causada por doenças do sistema nervoso ou por alguma lesão na estrutura do sistema, que cria o estimulo doloroso como resposta.

A dor, que se manifesta com intensidade entre moderada e grave, pode vir acompanhada de outros sintomas como formigamento, queimação, choques ou até mesmo dormência. Além disso, fatores como estresse, mudanças bruscas de temperatura e mudanças de altitude podem piorar o quadro doloroso.

A intensidade da dor, que pode ser local ou generalizada, varia de uma pessoa para outra e depende de sua causa e da dimensão dos danos nervosos. Além disso, é possível que a condição se manifeste imediatamente, após algum evento, ou pode levar meses e até anos para se desenvolver, o que dificulta o diagnóstico.

Causas da Dor Neuropática Central

Existem dois tipos de dor neuropática: a central e periférica. Como o próprio nome sugere, a primeira ocorre devido a danos no sistema nervoso central. Já no segundo caso, a disfunção está relacionada aos nervos periféricos.

Os danos ao sistema nervoso central podem ocorrer devido a diversos fatores, tais como:

  • Lesão medular;
  • Amputação do membro (dor do membro fantasma);
  • Retirada de tumores;
  • AVC;
  • Epilepsia;
  • Esclerose múltipla;
  • Doença de Parkinson;
  • Artrite reumatoide;
  • Traumas na medula espinhal, provocadas por acidentes, fraturas ou cirurgias.

Como é feito o diagnóstico da Dor Neuropática Central?

Embora a dor neuropática central apresente sintomas dolorosos intensos, o diagnóstico é complexo, já que o sintoma não está relacionado a uma lesão ou trauma específico, sendo necessário mais de um exame para estabelecer um diagnóstico.

Para o diagnóstico preciso, o médico especialista em dor avalia as características da dor, como intensidade e frequência e realiza exames físicos e neuromusculares, a fim de identificar as regiões neurológicas afetadas. Dessa forma, é essencial que o médico saiba todo o histórico de saúde do paciente e os medicamentos administrados no momento.

Tratamento da Dor Neuropática Central

O tratamento da dor neuropática central consiste em aliviar os sintomas e promover mais qualidade de vida ao paciente, por meio da otimização da sua capacidade funcional e autonomia.

A estratégia terapêutica depende da causa da dor e do histórico do paciente, sendo utilizadas abordagens multidisciplinares, que incluem o uso de medicamentos e terapias não farmacológicas.

Entre os tratamentos disponíveis, os mais indicados são:

Tratamento medicamentoso

Para o alívio dos estímulos dolorosos, podem ser receitados medicamentos analgésicos com mecanismo de ação central. A dor também pode ser controlada com a administração de antidepressivos tricíclicos, que regulam a dor central e também reduzem os sintomas depressivos, comumente associados à dor crônica.

Medicamentos anticonvulsivantes também oferecem benefícios ao tratamento, já que inibem a passagem da dor pelas vias nervosas e reduzem a atividade elétrica dos nervos.

Terapias complementares

Algumas técnicas não farmacológicas e medicinas alternativas também podem ser de grande ajuda, como terapia complementar. É o caso da fisioterapia, terapia ocupacional e acupuntura, que auxiliam o alívio da dor e o ganho de funcionalidade e qualidade de vida.

Tratamento Cirúrgico

O tratamento cirúrgico pode ser uma opção para pacientes que não obtiveram resultados efetivos com tratamentos anteriores ou para aqueles em que os efeitos colaterais inviabilizam o tratamento farmacológico.

neuroestimulação medular é uma abordagem cirúrgica, minimamente invasiva, que age por meio da modulação da dor através do estimulo cíclico especifico na medula.Além disso, a infusão de fármacos analgésicos, via sistemas implantáveis também tem excelente resultado. Essa ação bloqueia os impulsos dolorosos, antes que eles sejam transmitidos ao cérebro.

A neuroestimulação medular é indicada, especialmente, para o alívio e tratamento da dor crônica de origem neuropática e persistente. No entanto, o tratamento deve ser realizado por um especialista em dores crônicas habilitado, que garante um tratamento seguro e efetivo.

neurocirurgião Dr. Cesar Casarolli (CRM 78.717), fundador e diretor da Clínica Neurocop, é especialista em coluna e dores crônicas. Além disso, o médico é membro da equipe de neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, sendo um dos especialistas conceituados de São Paulo com maior experiência em cirurgia minimamente invasiva para a dor.

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Postado em Doenças Neurológicas por Aquiles Casabona