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Qual a diferença entre cefaleia tensional, cefaleia crônica e cefaleia em salvas?

7 de fevereiro de 2018
Qual a diferença entre cefaleia tensional, cefaleia crônica e cefaleia em salvas?

A cefaleia é o termo técnico utilizado para a popular dor de cabeça, que se divide nos três tipos a seguir: cefaleia tensional, cefaleia crônica e cefaleia em salvas. Ela pode surgir tanto de maneira isolada, quando apresenta um complexo sintomático agudo, como a enxaqueca, quanto de alguma doença em desenvolvimento, como infecções variadas.

Em situações de dores mais agudas, chamamos de cefaleias primárias. Já as cefaleias secundárias estão relacionadas a alguma doença. Em todo caso, é estimado que 90% da população mundial já apresentou algum momento de cefaleia ao longo da vida.

Dessa forma, é recomendado que seja realizada uma avaliação completa se você apresenta algum tipo de cefaleia, o que torna indispensável entender as características e diferenças de cada uma e saber descrevê-las, para assim ajudar o seu médico a prescrever o melhor tratamento.

O que é a cefaleia tensional?

A cefaleia tensional, da mesma forma que a enxaqueca, é um tipo primário, que é bastante comum no dia a dia de muitas pessoas e conta com características próprias, como sensação de cabeça pesada ou pressionada com dores geralmente leves e moderadas, que não impedem você de fazer as tarefas de rotina.

O problema acontece quando a pessoa é exposta a mudanças hormonais, estresse, alimentação, ansiedade e depressão. Ao contrário da enxaqueca, essa cefaleia não costuma ser associada a enjoos ou vômitos, porém o aumento da sensibilidade à luz ou barulho pode acontecer.

Vale lembrar que o termo cefaleia tensional é originado por “tensão muscular” e tem seus critérios diagnósticos bem determinados, podendo ser uma das causas da dor crônica.

O que é a cefaleia crônica?

A cefaleia crônica é outro tipo de dor de cabeça bastante presente no dia a dia das pessoas, já que cerca de 3 a 5% da população mundial sofre com o problema, além de ser considerada a segunda causa mais comum de consultas neurológicas.

Entre os subtipos mais comuns de cefaleia crônica, estão: a enxaqueca transformada, a cefaleia tensional crônica e a hemicrânia contínua. Das variações citadas, a enxaqueca transformada e cefaleia tensional crônica são as mais predominantes na população.

Além disso, é normal que ocorram queixas associadas ao sono de má qualidade, insônia, dores no corpo, irritabilidade, ansiedade, depressão, alterações do apetite e do humor ou queixas gastrointestinais.

O que é a cefaleia em salvas?

Quando a dor de cabeça se repete durante um longo período de tempo, o problema chama-se cefaleia em salvas, ou seja, as pessoas sofrem com a dor de uma a três vezes por dia durante determinado tempo (o período de salvas), que pode durar de duas semanas a três meses.

Mais comum em homens do que nas mulheres, a causa da cefaleia em salvas ainda é desconhecida, porém a teoria mais usada são as anormalidades no hipotálamo. Por estar relacionada com o relógio biológico, essa ideia é ainda mais reforçada, afinal a regulação do ciclo circadiano fica no hipotálamo.

Pode ser considerada cefaleia em salvas quando a dor é intensa, unilateral e normalmente em torno da órbita, durando de 15 a 180 minutos. Entre os principais sintomas que acompanham a dor, estão: vermelhidão no olho, lacrimejamento, congestão nasal e queda da pálpebra do mesmo lado da dor.

Qual é o tratamento ideal para as celafeias?

A cefaleia tensional pode dividir o seu tratamento em duas situações: tratamento das crises e tratamento preventivo. Para o primeiro, analgésicos simples e anti-inflamatórios com relaxantes musculares podem resolver o problema. O segundo, em geral, é realizado com relaxantes musculares isoladamente e/ou, em alguns casos, medicações antidepressivas.

Já em casos de cefaleia crônica, o tratamento mais importante é suspender o uso abusivo de analgésicos, pois eles podem levar à perpetuação do ciclo da dor, ou seja, a própria medicação vai gerar ainda mais dor. Sendo assim, é necessário procurar ajuda de um neurologista clínico e iniciar o uso da medicação preventiva, além de procurar fazer exercícios físicos, que auxiliam na melhora dos sintomas, na maioria dos casos.

Por fim, não existe cura para a cefaleia em salvas. Nesse caso, o objetivo do tratamento consiste em reduzir a gravidade da dor, encurtar o período de duração e evitar as crises. Existem algumas medicações e terapias que podem ajudar, como o uso do oxigênio preconizado, para prevenção, além de procedimentos como o bloqueio de nervo occipital.

Se você sente que está com cefaleia tensional ou qualquer outro tipo de dor de cabeça, evite se automedicar ou autodiagnosticar e procure imediatamente uma ajuda médica, afinal muitas doenças têm a cefaleia como sintoma. Entre em contato com a Neurocop e converse com o nosso neurocirurgião e diretor Dr. Cesar Casarolli.

Postado em Doenças Neurológicas por Neurocop