A incidência de dor crônica tem avançado conforme crescem os hábitos prejudiciais à saúde, como sedentarismo, má alimentação, estresse e consumo exagerado de álcool, entorpecentes ou psicoativos.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou que entre 2005 e 2015 houve um aumento de 18% na incidência de depressão no mundo, aspecto que também pode ser relacionado com a dor crônica.
A seguir, confira qual a diferença entre dor crônica e aguda, a relação do problema com a depressão e como o auxílio médico adequado contribui para o tratamento.
Quais as diferenças entre dor crônica e aguda?
A dor aguda corresponde a um alerta emitido pelo organismo de que algo não está funcionando adequadamente. Ela não é regular ou contínua, surgindo de repente. Entre as ocorrências que podem causar esse tipo de dor estão as pancadas, pedras nos rins, dores relacionadas à pneumonia ou a um infarto, por exemplo.
A dor crônica por sua vez é uma condição agravada, podendo ser um sintoma de uma doença ou a própria doença. As crises continuam após o final do tratamento, sendo recorrente ou intermitente, com uma duração superior a três meses. Entre as ocorrências estão às dores nas costas, lombar, nervo ciático, dores causadas pelo câncer, alguns tipos de enxaqueca e outras.
Uma fisgada na coluna ao fazer um movimento brusco, por exemplo, é uma dor aguda, mas se não for tratada corretamente, ela pode evoluir para um quadro de dor crônica na coluna, devido à formação de uma hérnia de disco, por exemplo.
Qual a relação entre dor crônica e depressão?
Após entender do que se trata a dor crônica é preciso saber que ela está sim relacionada com a depressão de acordo com estudos recentes. Uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas de São Paulo identificou que há uma relação bidirecional entre quadros de ansiedade ou depressão com problemas crônicos, principalmente as dores.
O levantamento foi realizado com a aplicação de 5.037 questionários entre moradores da região metropolitana de São Paulo a partir dos 18 anos. Foi identificado que as dores recorrentes e duradouras afetavam 50% dos entrevistados com transtornos de humor, como depressão ou bipolaridade, e 45% dos que sofrem com ansiedade.
Constatou-se assim que as pessoas com transtornos de humor ou de ansiedade apresentavam uma incidência duas vezes maior de doenças crônicas do que as demais pessoas.
A relação também pode ir no sentido contrário e problemas psicológicos, como depressão e ansiedade, resultarem em dores físicas contínuas. Essa constatação é agravada pelo aumento da incidência desses problemas, inclusive no Brasil.
De acordo com a OMS, no país a depressão afeta 11,5 milhões de pessoas, o que corresponde a 5,8% da população, enquanto os distúrbios relacionados à ansiedade afetam mais de 18,6 milhões de brasileiros, ou seja, 9,3% da população.
Assim, os dados indicam que é necessário olhar para a saúde física e mental com mais atenção no país, principalmente entre os pacientes que possuem dor crônica, doenças respiratórias, hipertensão, doença cardiovascular, artrite e diabetes, que foram mais frequentes entre os entrevistados com depressão ou ansiedade.
Qual a conduta médica necessária?
A conduta adequada para casos de dores crônicas envolve uma atenção multidisciplinar, incluindo a prescrição de analgésicos para a parte física e antidepressivos para a psicológica.
Dessa forma, é fundamental procurar auxílio de um médico com experiência em dor crônica, pois ele estará mais apto a trabalhar com a complexidade do caso. É o que acontece com o Dr. Cesar Casarolli (CRM 78.717), que é especialista no tratamento cirúrgico de dores crônicas e, portanto, é mais qualificado e experiente para lidar com as particularidades dessa condição.